Criação: Fanny & Alexander
Direção, cenário, luz: Luigi de Angelis
Atuação: Francesca Mazza
(Mostra Sesc de Artes - Foto divulgação) |
Este foi o segundo espetáculo que assisti desta Cia, o terceiro da trilogia. Diferente de Emerald City, a forma de comover ou afetar o público não era centrada no som, ainda que houve um ruído insistente durante quase todo o espetáculo. Ruído pois era um som incômodo, deslocado do que víamos e se essa era a proposta ela não afetava, incomodava.
Em cena uma atriz experiente, um cenário que beirava o espressionismo e ações construídas a partir de partituras, o texto interessante, era um espetáculo que eu realmente acreditava e o assisti acreditando, mas a conexão não aconteceu. Passei todo o tempo esperando algo que ainda não descobri o que era, mas que faltou para que houvesse sintonia entre o proposto e o público presente. Ou que houvesse repulsa, enfim, que algo acontecesse, que não fosse apenas contemplativo, no entanto foi oque ocorreu: uma peça para contemplar, aplaudir o trabalho e ir para casa. Fiquei triste com isso por três motivos: o primeiro era o de saber que o emaranhado entre interpretação, direção e dramaturgia estavam coerentes e nada acontecia, o segundo era por não ter resposta para que nada acontecesse, e o terceiro era estar ciente de que o nada e a tristeza que sentia não tinham relação com a encenação.
Já em casa, num pensamento maldoso e reconfortante cheguei a conclusão de que mesmo as grandes Cias também erram!
Nenhum comentário:
Postar um comentário