O livro do desassossego - Fernado Pessoa

"Tenho mais pena dos que sonham o provável, o legítimo e o próximo, do que dos que devaneiam sobre o longínquo e o estranho. Os que sonham grandemente, ou são doidos e acreditam no que sonham e são felizes, ou são devaneadores simples, para quem o devaneio é uma música da alma, que os embala sem lhes dizer nada. Mas o que sonha o possível tem a possibilidade real da verdadeira desilusão."

terça-feira, 6 de março de 2012

Assombrações do Recife Velho - Os fofos









Pude contemplar este espetáculo no Sesc Pompéia e confesso que agora compreendo o nome do grupo. Não os conheço pessoalmente, mas em cena eles confirmam sua titulação. O espetáculo é longo, tem longa duração, mas se eu estivesse sem relógio não teria percebido. Peça bastante premiada e com razão, já que o público é convidado a entrar em um universo particular e aparementemente inóspito, preenchido com uma ludicidade em tom pastel que caracteriza a cena. Essa descrição deixa a sensação de algo "morno", mas não é o que acontece. As cenas são tecidas em algodão cru, forte, resistente e que se permite tingir. 
Durante as cenas, uma grande amiga entrou em pânico com a sensação do lobisomem em nossas costas, tão generosos foram de nos permitir viver as histórias de assombrações bem junto deles.  Em cena, atores maduros, cenas que proporcionam variações de sensações em pequenos espaços de tempo. Ri, chorei, me assustei, tive de trabalhar em cena, fugi, me escondi, disfarcei, apreciei... 
Espetáculo que vale a pena conferir, na verdade, vale a pena apreciar pois além de ótimas histórias contadas, representadas por bons atores, acontece em um ambiente bonito e aconchegante. Mas cuidado, não se aconchegue demais pois ele é repleto de assombrações.

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