O livro do desassossego - Fernado Pessoa

"Tenho mais pena dos que sonham o provável, o legítimo e o próximo, do que dos que devaneiam sobre o longínquo e o estranho. Os que sonham grandemente, ou são doidos e acreditam no que sonham e são felizes, ou são devaneadores simples, para quem o devaneio é uma música da alma, que os embala sem lhes dizer nada. Mas o que sonha o possível tem a possibilidade real da verdadeira desilusão."

terça-feira, 26 de junho de 2012

BARAFONDA - Cia São Jorge de Variedades





Foto divulgação.
Ficha Técnica
CIA. SÃO JORGE DE VARIEDADES (CRIAÇÃO ARTÍSTICA): PROJETO BARAFONDA – O QUE VOCÊ VÊ DA SUA JANELA – INTERVENÇÕES BARAFONDA -  CASA DE SÃO JORGE, SÃO PAULO. ALEXANDRE KRUG, GEORGETTE FADEL, MARCELO REIS, MARIANA SENNE, PATRÍCIA GIFF ORD, PAULA KLEIN, ROGÉRIO TARIFA (AUTORES E DIRETORES), JULIO DOJCSAR, SATO, SILVANA MARCONDES – COLETIVO CASADALAPA (DIRETORES DE ARTE), CIBELE LUCENA (ILUSTRADORA), BRUNA LESSA, CACÁ BERNARDES (VÍDEO).



Karina Yamamoto
  Na tarde de sábado, 23/06, tive a oportunidade de acompanhar este espetáculo produzido pela Cia. São Jorge de Variedades. Com duração de quatro horas, confesso que só acompanhei as primeiras duas horas, isso porque haviam tantas pessoas assistindo que mais da metade das cenas eu não conseguia ver nem ouvir. Enquanto estávamos no Praça Marechal Deodoro, era possível acompanhar as cenas, mesmo lotado, mesmo de longe, mesmo sendo pequena, mas quando começou a caminhada pelo bairro percebi que não conseguia observar, ouvir as instalações propostas no percurso e por mais que me esforçasse, eram tantas pessoas brigando por um espaço que no momento de entrada na sede da Cia., não consegui entrar. Ali foi que desisti da observação e caminhei até a padaria mais próxima, pensando em como poderia ser o espetáculo, o que mais aconteceria? Seria todo ele feito de instalações espalhadas pelo bairro? Todas elas teriam a mesma estética do sujo, do andarilho, dos "walkers"paulistanos? Continuariam as cenas feitas como uma colcha de retalhos, como disse meu amigo Humberto Issao?
   Depois retornei e consegui ver mais algumas cenas, mas realmente não me conectei novamente como havia acontecido na praça, emocionalmente relacionada a figura de Prometeu. Acredito que a Cia não esperava um público tão grande, já que realmente não estavam preparados para isso, ou realmente não optaram por se adaptar a isso. Pude observar algumas cenas poéticas, mas a maioria das quais passei durante a caminhada não me diziam muita coisa, eram instalações visuais, sonoras. Fui embora antes do final, pois não estava apegada nem emocionalmente, nem racionalmente as cenas/instalações propostas. Algumas figuras eram bastante interessantes, como já dito Prometeu, um "Raul-13", um homem que foi embalado a um poste, mas não consegui compreender o entrelaçamento entre as cenas, parecia, como já citado, uma colcha de retalhos.

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